A bebida teve origem em fins medicinais e popularizou-se na Inglaterra.
Em alguma festa ou balada, você já deve ter pedido uma dose de gin. A bebida popular é presença garantida em bares, restaurantes e celebrações, sendo um drink extremamente conhecido e apreciado por pessoas do mundo todo.
Contudo, engana-se quem pensa que o gin só pode ser apreciado de um jeito, uma vez que a bebida destilada conta com diversas variações. Contudo, para ser caracterizado como tal, é indispensável que ele tenha zimbro entre seus ingredientes.
Você sabia que, a princípio, ele foi criado com fins medicinais? Então, que tal conhecer a origem desse drink? Neste texto, entenda como ele foi criado e de que modo se popularizou pelo mundo.
Surgimento holandês
O mundo conheceu a bebida pela Inglaterra, mas a origem do gin aconteceu em outro país europeu. O médico e professor Francisco de la Boile, também conhecido como Sylvius, foi o responsável por pesquisar uma fórmula medicamentosa na Holanda, durante o século XVII.
O objetivo de Sylvius era produzir um remédio capaz de amenizar os problemas renais. Uma de suas tentativas envolveu a mistura de destilado de cereais com zimbro, dando origem ao primeiro gin da história. O nome da bebida é resultado da compilação das variantes de zimbro, que, em francês, é “genivere”, em italiano, é “ginepro” e, em holandês, é “genever”.
Sylvius não esperava que o remédio fosse tão bem aceito entre as pessoas, a ponto delas tomarem o medicamento mesmo que não tivessem nenhum problema de saúde. O preço acessível e o sabor característico foram fatores que contribuíram para que ele conquistasse a todos com facilidade.
Durante a Guerra dos Trinta Anos, a bebida foi bastante consumida pelos soldados ingleses. Nesse caso, ela era utilizada com o objetivo de espantar o frio. Ela continuou a ser consumida pelos combatentes depois que eles retornaram para casa.
Popularização inglesa
A explosão de popularidade do gin aconteceu na Inglaterra. Com a invenção do alambique contínuo de Coffey, a bebida passou a ser produzida em grande escala, alcançando um público ainda maior. Para se ter uma ideia, em 1730, a cidade de Londres contava com 7 mil pontos de venda do destilado.
Outro fator que colaborou para ele ser disseminado por todo mundo é o processo de fabricação. Além do zimbro e do álcool de cereais, os produtores investiram na criatividade para desenvolver combinações peculiares. Muitos botânicos procuraram adicionar elementos que gerassem uma mistura harmônica de aromas e sabores.
O processo de maceração também é importante. O gin costuma ser armazenado em alambique de cobre por um período mínimo de 24 horas. No recipiente, junto do zimbro, são macerados outros vegetais, dos mais variados tipos.
Algo que deve ser destacado é que cada fabricante tem a sua própria forma de preparar a bebida, com a receita sendo guardada a sete chaves. Isso justifica o grande número de rótulos existentes, cada um com um toque único. Entre as variedades, há versões produzidas com baunilha, laranja, coentro, limão, angélica e noz-moscada.
O ingrediente principal da bebida é o zimbro. Sem ele, o drink não pode ser considerado um autêntico gin. Algumas marcas optam até por redestilar a bebida após o processo de destilação principal, potencializando a receita. O gin da empresa ainda conta com alcaçuz, sementes de coentro e raiz de angélica.
No caso dos ingleses, a destilação contínua é o principal elemento das marcas, garantindo que a bebida tenha leveza e seja caracterizada por um aroma marcante. Por outro lado, o gin holandês é marcado mais por ser um produto encorpado, já que a fabricação utiliza alambique do tipo pot.
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